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domingo, 7 de junho de 2009

ZÉ LIMEIRA O POETA DO ABSURDO


Limeira, conhecido como poeta do absurdo, nasceu no sitio Tauá, município de Teixeira, estado da Paraíba, em 1886 e faleceu em 1954 com 68 anos de idade. Foi o principal redutor dos repentista do século XIX e onde a vila teria sido usada pela primeira vez como instrumento de cantoria lá pelos idos de 1840. Não há registro de sua voz. Fitas de pesquisadores que gravaram algumas de suas cantorias, emboladas e desafios, desapareceu ou deterioraram. O que resta da sua poesia de improviso estar resgistrada em cordéis e em livros, graças a tradição oral. Grande foi a passagem deste poeta matuto, dos seus pés-quebrados, que tanto encantarão o povo deste nordeste brasileiro. Veja uma delas:

O meu nome é zé limeira
De limão, lima, limansa
As estrela de são Bentos
Bezerro de vaca mansa
Vala-me nossa senhora
Ai que lembrei agora:
Tão bombardeando a França

Ninguém faça pontaria
Onde o chumbo não alcança
Eu vou compra quatro livro
Pra estudá liderança
Bem que meu pai me dizia:
Jesus, José e Maria.
São João de orelha mansa

Ainda não tinha visto
Beleza que nem a sua,
De cipó se faz balaio
A beleza continua
Sete estrelo, três Maria
Mãe do mato pai da lua

A beleza continua
Do cipó se faz balaio
Padre nosso, ave Maria
Me pegue senão eu caio
Tá desgraçado o vivente
Que não reza no mês de maio

Sei quando Jesus nasceu,
Num dia de quinta feira,
Eu fui uma testemunha
sentado na cabeceira
São João chegou com um facho
De miolo de aroeira

Um dia o reis salamão
Dormio de noite e de dia
Convidou napoleão
Pra cantá poligamia
Viva a princesa Isabé
Que já morô em Sumé
No tempo da monarquia

Limeira quando canta
Estremece o cariri
As estrelas trinca os dentes
Leão chupa abacaxi
Com trinta dias depois
estoura a guerra civí

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