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segunda-feira, 18 de maio de 2009

CABLOCO ROCEIRO

Caboclo roceiro, das plagas do norte
Que vive sem sorte, sem terra e sem lar,
A tua distinta é tristonho que canto,
Se escuto o meu pranto me ponho a chorar

Ninguem te oferece um feliz lenitivo
És rude e cativo, não tens liberdade.
A roça é teu mundo e também tua escola.
Teu braço é a mola que move a cidade

De noite tu vives em tua palhoça
De dia na roça de enxada na mão
Julgando que Deus é um pai vingativo,
Não vê o motivo da tua opressão

Tu pensas, amigo,que a vida que levas
De dores e trevas debaixo da cruz
É as crides constantes, quais sinais e espadas
São penas mandadas por nosso jesus

Tu és nesta vida fiel penitente
Um pobre inocente no banco do réu.
Caboclo não guarda contigo essa crença
A tua sentença não parte do céu.

O mestre divino que é sábio e profundo
Não fez neste mundo teu fardo infeliz
As tuas desgraças com toda desordem
Não nascem das ordens do eterno juiz

A lua se apaga sem teu empecilho,
O sol do seu brilho jamais te negou
Porem os ingratos, com ódio e com guerra,
Tomaram-te a terra que Deus te entregou

De noite tu vives na tua palhoça
De dia na roça, de enxada na mão
Caboclo roceiro, sem lar, sem abrigo,
Tu és meu amigo, tu és meu irmão.


(Teu nome relembra a força de um povo
Retratando de novo, dizendo o quem és.
Saudedes deixas-te, a todos encantas-te
Ó grande poeta do Assaré)

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